quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

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Caros alunos
observem esta imagem e descrevam-na, pormenorizando o que ela vos transmite e vos faz recordar sobre a poesia de Fernando Pessoa.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Excerto " A casa das sensações", Sensacionismo por Paula Cristina Costa in Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português, Caminho

"O sensacionismo foi o último ismo criado por Pessoa, na cumplicidade, uma vez mais, do seu compagnon de route, Sá-Carneiro, à semelhança do que aconteceu com outros ismos anteriores, tais como o Paulismo e o Interseccionismo. Pela sua teorização e prática deixou-se Pessoa entusiasmar bastante, já que ele lhe pareceu ser uma hipótese feliz de conciliação de contrários, ajudando-o a construir uma corrente literária (…) acolhedora dos ismos de vanguarda. Tendo como princípio fundamental, sentir tudo de todas as maneiras e ser tudo e ser todos, o sensacionismo foi para Pessoa a arte da soma-síntese, como lhe chamou, um todo no qual as partes, mesmo as mais díspares, se harmonizavam, como se de um atanor[i] alquímico se tratasse.

(…)

Vibrou-o de modo mais efusivo e quase espasmódico, através de Álvaro de Campos, sobretudo do Campos-poeta futurista que assina as odes Triunfal e Marítima e que grita esse vórtice das sensações, essa harmonia alquímica dos contrários, onde o homem e a máquina, Deus e o Diabo, concreto e abstracto, aqui e além, presente e passado, são um só e mesmo modo de sentir a sensações em absoluto. Viveu-o não menos intensamente, mas de modo muito mais tranquilo, através de Alberto Caeiro, o sensacionista puro e absoluto, como foi chamado, o mestre, afinal, no seu entusiasmo quanto a não pensar, a sentir apenas as coisas tais como elas são, a saber olhá-las na plenitude da sua pureza. Não quis deixar de disciplinar as suas sensações, logo também o seu sensacionismo, agora pela voz mais dominante e contida de Ricardo Reis, o poeta da formação clássica que ao demonstrar um excelente domínio das suas sensações, foi também um pilar fundamental deste movimento."
[i] Vaso antigo

Caros alunos
comentem este excerto à luz da poética de Fernando Pessoa e tendo em conta os movimentos literários associados que aprenderam nas aulas.