sábado, 20 de agosto de 2011

Excerto crítico

..."Como Pessoa, Campos apresenta-se como um corpo-alma errante, até dentro de si próprio, sem poiso, sem lar.[...]
A linguagem de Campos é, propositadamente, descoordenada, aos borbotões, sem continuidade lógica.[...]
Não podemos esquecer que um dos medos que perseguiu Pessoa toda a vida foi o da loucura.[...]
Campos teve, pois, esse papel: o de catarticamente viver os seus males e deles, assim o libertar.
Outra importante afinidade de Campos com Pessoa tem que ver com esse coração omnipresente na poesia do "engenheiro doido".
Na pessoa de Álvaro, Fernando cometeu todas as irreverências pessoais e políticas de que, na sua própria pessoa, se abstinha.[...]"

Fonte: Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português, Editorial Caminho

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